segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Mulheres do Tempo


Todo homem que assiste mais de 3 telejornais regularmente namora alguma Mulher do Tempo. Há muita sutileza nesta relação e um enorme respeito. Divergências também são comuns. A relação existe, nós acreditamos em tudo que elas dizem, mesmo que não digam a mesma coisa sempre. Já partimos então de uma fidelidade presumida, passo #1 para um namoro. Cada um amadurece sua relação e sabe diferenciar os trejeitos de Jatobá, Ferrão, Addad e Freire. Algumas são mais raras, cobrem as férias ou viagens-para-reportagens-especiais de companheiras mais frequêntes e famosas. A que mais gosto é segredo. Coisa pessoal mesmo. Não é a foto acima, mesmo com seus incontáveis encantos e apesar desta provocação descabida e premeditadamente direcionada a mim, Eu soube na hora! , não é ela.
FAQ - Mulheres do Tempo
Di momento eu assisto apenas 1 telejornal, posso "namorar" com a Mulher do Tempo do programa?
- Técnicamente sim, você pode estabelecer essa relação. Mas na prática isso se constitui em casamento. A variedade de opções - no caso específico das mulheres do tempo, não me entendam erroneamente - cria um poder crítico, uma massa de experiências que permite definir o pontos de maior afinidade, apego, identificação e , até diria, carinho.

A Internet é um Rio

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

WE LOVE TOM


Quem dormirá tranquilo enquanto ele vagar por ai?
Quem desejará boa noite sem lembrar de Tom pelas ruas?
Mas alguém há de Velo
Mas só se antes do sonho
Tu pedir por ele em suas preces
E então Tom voltará
Lembre-se, Atende-se por Tom
E voltará correndo
Faceiro, manhoso, alegre e sem rabo.

Quer Velo?




Grave bem esta estirpe

Esse brilho no olhar

Esqueça o Rabo

Ele já não o carrega mais

Atenha-se na face e na pelagem

Dignos de um rei em seu trono

Mas que agora vaga pelo mundo

Longe do conforto que o fez tão esbelto

Não esqueça

Atende-se por Tom, quem o Velo, avise

Sem Rabo e Sem Dono


É verdade, diz o reclame

Está sem rabo o pobre Tom

Mas por favor não desista de reconhecê-lo

Lembre-se, Atende-se por Tom, podes gritar por seu nome

Perdeu o rabo e nem sabemos como

Foi cirurgia, briga com Pitbull defendendo o dono?

Ninguém sabe, a única prova que está sem rabo e sem lar

PAREM TUDO - TOM SUMIU


Ninguém se mexe

O pobre Tom escapou e se perdeu
Chorem mamães e papais como se fosse seu rebento
O Tom, que hoje é sem rabo, sumiu
Pode chamar pela rua, Atende-se pelo nome de Tom
Certamente o reconhecerá
Imaginará balançar o rabo que não tem mais
Parem tudo, ninguem se mexe
Tom Sumiu lá pros lados de Barueri
Ninguém se mexe até alguém Velo

Refresh

Quem recicla a placa de recilar?

Feira de São Paulo - II



Paulistas não gostam do Largo da Batata. Justamente porque, provavelmente, também não se encantariam muito com uma cidade do interior baiano. Por mais metropolitana que ela fosse.
É o mesmo sentimento que têm pelo Boba Gato. Pobre coitado. Detestado por ampla maioria. Ainda continuo achando que o Largo é um pedaço de Feira de Santana encravado no final da Faria Lima. É passageiro, tem uma estrada cortando o meio, gente querendo chegar, conversa, comida mortal barata, açougues, "bodegas", ônibus, caminhão, feira, banca, cheiro de cebo animal, gordura de churrasco grego... tem tudo ali, tem "contexto, ambientação e personagem".
Mas isso é outra conversa.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Decantar II


Decantar
Tornar-se translúcido
Lúcido
Decantar
Parar, deixar descer
Sedimentar-se
Deixar
.

Feira de São Paulo




Onde é este lugar ai? Você sabe, claro. Esse carro de polícia entrega tudo.
Mas sem ele bem que poderia ser na Bahia. Não na Cidade da Bahia, mas sim no interior. O mar deixa tudo sempre diferente.
Poderia ser muito bem uma praça, rua, um centro de cidade do interior do nordeste. Tem tudo para isso. Muito baiano, algumas Casas do Norte vendendo Carne do Sol, Farinha de Tapioca, Feijão Verde, Feijão de Corda, Rapadura, Pimenta, Melaço de Cana e Carne de Charque. Nos açougues da área tem um locutor de ofertas. Alguém com a função de narrar empolgadamente o preço do Coxão Duro, do Acem Sem Osso, da Língua de Boi, da Moela de Frango e do "Mininico de Carneiro". O que mais me intriga, profundamente até, eu diria, é entender como eles compartilham essas referências dos profissionais da locução popular. Deve ter algum simpósio Latino Americano, alguma Jornada Internacional de Locução de Preços Populares.
A entonação, o jeito de conclamar as vendas e aguçar a vontade do povão, é a mesma em quase todos os locutores de ofertas. De norte a sul, de açougue a casa de malhas e, principalmente, em quase todo vendedor em veículo motorizado provido de amplificador de voz, essa "style" de voz venderora é igual. O vocabulário pode mudar, a música de fundo pode variar, mas este conceito geral da "voz" que agrada as massas é o mesmo. Como é que essa idéia se espalhou? Um que ouviu o outro, que ouviu outro, que escutou fulano, que ouviu no rádio e na propaganda de TV? Vai saber... mas que o Largo da Batata parace Feira de Santana, isso parece.




quinta-feira, 2 de agosto de 2007